sábado, 18 de abril de 2009

Últimas palavras…

Voltaire

Statue de Voltaire, Panthéon
Creative Commons License crédito: Feuillu, estátua de Voltaire

François-Marie Arouet, o sujeito que todo mundo chama pelo apelido de Voltaire sempre foi um grande crítico da Igreja Católica. Acreditava em deus (tanto que fazia parte de uma Loja Maçônica) mas desprezava os dogmas e a liturgia da mesma. Diz-se que quando ele estava morrendo foi chamado um padre para fazer a extrema unção. Fato muito comum naqueles dias mas que hoje em dia é um fóssil. O padre então, seguindo o roteiro pediu que Voltaire negasse o Satã, a fim de poder então, ser perdoado por Jesus e entrar no Reino de Deus. Voltaire apenas sorriu e disse: Agora, agora, meu bom homem, esta não é hora para fazer inimigos. Touché.

Vincent Van Gogh

Van Gogh... Paris
Creative Commons License crédito: Lope®, detalhe do auto-retrato do pintor

Vincent Willem van Gogh é considerado o maior pintor de todos os tempos por este que vos escreve (e todos que concordam comigo costumam estar certos). Sua vida foi marcada por fracassos. Ele falhou em todos os aspectos importantes para o seu mundo, em sua época. Foi incapaz de constituir família, custear a própria subsistência ou até mesmo manter contatos sociais. Aos 37 anos, sucumbiu a uma doença mental, suicidando-se. E em uma carta ao seu irmão Theo, legou ao mundo suas últimas palavras: La tristesse durera toujours. A tristeza durará para sempre.

Esta frase sempre me provoca algo ao ouvi-la. Nietzsche sempre almejou com seus aforismos dizer em uma frase o que outros levavam um livro inteiro para dizer. Van Gogh alcança isso aqui ao decifrar o mundo.

Getúlio Vargas

O busto do presidente Getúlio Vargas
Creative Commons License crédito: Rodrigo Soldon, estátua daquele que após a Era Lula será conhecido como avô dos pobres

Getúlio Dorneles Vargas foi por duas vezes presidente da república. Na primeira vez, de 1930 a 1945, governou o Brasil em três fases distintas: de 1930 a 1934, no governo provisório; de 1934 a 1937, no governo constitucional, eleito pelo Congresso Nacional; e de 1937 a 1945, no Estado Novo. Na segunda vez, de 1951 a 1954, governou o Brasil como presidente eleito por voto direto.

Suicidou-se, em 1954, com um tiro no coração, em seu quarto, no Palácio do Catete, na cidade do Rio de Janeiro, então capital federal. Terminou de forma épica a sua carta-testamneto:…e saio da vida, para entrar na história.

George Harrison

George Harrison
Creative Commons License crédito: Morgacito, ele era o Beatle silencioso, grande grupo com Paul, John e o outro que esqueci o nome.

George Harold Harrison, MBE, foi um músico britânico, famoso por ter sido guitarrista, compositor e cantor dos Beatles. E como se não bastasse tocar na maior banda de rock de todos os tempos ele ainda produziu o Monty Python, o maior grupo de humor de todos os tempos. Currículo invejável.

Nos seus últimos dias, perecendo de um câncer, com sua família em volta de sua cama, deixou suas últimas palavras que iam de encontro à filosofia beatle do All You Need Is Love: Amem uns aos outros.

Hunter S. Thompson

Adventures in Stencils (part II)
Creative Commons License crédito: 1f2frfbf

Hunter Stockton Thompson, foi um jornalista e escritor norte-americano. Conhecido pelo seu estilo de escrita extravagante, aperfeiçoado em seu livro mais famoso, Medo e Delírio em Las Vegas, Thompson foi um criador de um estilo denominado Jornalismo Gonzo. Esse estilo se caracteriza por acabar com a distinção entre autor e sujeito, ficção e não-ficção.

Hunter Thompson suicidou-se com um tiro de espingarda na cabeça em 20 de fevereiro de 2005. Ele deixou um bilhete em que se mostrava deprimido e sofrendo de terríveis dores após uma cirurgia na região da bacia. Seu corpo foi cremado e as cinzas foram lançadas ao céu por um pequeno foguete, em uma cerimônia bancada pelo ator Johnny Depp, seu amigo e que interpretou o personagem Raoul Duke na versão para o cinema de Medo e Delírio em Las Vegas. As últimas palavras de seu bilhete foram: Relaxe — Isto não vai doer.

Júlio Cesar

Julius Caesar Bust
Creative Commons License crédito: iirraa

Até tu, Brutus? se tornou difundida até mesmo na cultura popular e é usada seja em momentos cômicos ou dramáticos quando alguém deseja expressar seu sentimento de frustração ao saber que alguém próximo agiu contra seus interesses. Um dado curioso destas última palavras é que elas talvez nunca tenham sido ditas por ele. Vieram da pena de Shakespeare em sua peça “Júlio Cesar”. É igual a “Elementar, meu caro Watson” que nunca foi dito pelo Holmes literário. Segundo algumas versões históricas suas palavras teriam sido: “Também tu, minha criança?”.

Karl Marx

Marx in Wax
Creative Commons License crédito: kafka4prez

Este daria uma farsa (enquanto gênero de comédia). Um Karl Marx moribundo recebe o caseiro (proletariado?) que lhe pergunta quais seriam suas últimas palavras. Vamos, caia fora! Últimas palavras são para tolos que não falaram o bastante!, teria sido a resposta.

Hamlet

hamlet
Creative Commons License crédito: placbo

…E o resto é silêncio. E o resto é silêncio.

Beethoven


Creative Commons License crédito: ollily

Assisti uma cinebiografia do Beethoven que passou na Cultura e ele era um verdadeiro rockstar. Atirava cadeiras pela janela em acessos de fúria e pegava jovenzinhas que adoravam sua música, que era considerada na época imprópria para menores, pois era sensual demais. Os tempos muda os fatos se repetem, e as roupas ficam cada vez menores.

Colocaram muitas palavras na boca dele. A mais consolidada é Plaudite, amici, comedia finita est, Aplaudam, meus amigos, a comédia acabou. Que era a forma tradicional de se encerrar apresentações de commedia dell’arte. Ou foi “eu irei ouvir no céu” ou “não é verdade, Hummel, que depois de tudo eu tenho algum talento?” ou ainda “eu sinto como se eu tivesse que escrever agora não seriam mais do que algumas notas” ou “aí, você ouve os sinos? Não o ouve badalar? A cortina deve cair. Sim! Minha cortina está caindo” dependendo de quem você perguntar.

João Paulo ll

Juan Pablo II Cali Colombia
Creative Commons License crédito: hernanvalencias

Quando ele foi baleado certa vez disse que sentiu a mão de Nossa Senhora guiando as balas para que elas não o matassem e eles fossem salvos. Ele nada dizia sobre a Santa não ter se dado ao trabalho de desviar as malditas balas ou as horas de cirurgia em que os médicos usaram bisturis e outros instrumentos para salvar a vida dele. Quando finalmente morreu muitos anos depois sua última palavra teria sido: Amém. A ironia vem pelo contexto da coisa pois ele teria dito isso após falar aqueles que o acompanhavam: “Se deus quiser nos vemos amanhã”. Ele não quis.

October! / Octobre!
Creative Commons License crédito: Denis Collette…!!!

 

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Não posso deixar de expor o magnífico blog http://1001gatos.org/ que trata filosofia da melhor maneira!!!

este texto foi…. kibado de lah..vale a pena conferir… http://1001gatos.org/

terça-feira, 14 de abril de 2009

Anseio de escrever


A palavra, por si só, pode representar muitas coisas. Pode ter vários significados. O ato de escrever, faz da palavra algo mais palpável, algo mais... durável!

Quando você escreve, põe no papel todo o seu sentimento, o seu estado de espírito naquele momento. E isso ficará gravado, se não para sempre, por um longo tempo.
As palavras são passagens que podem te levar a mundos inimagináveis.

Quem lê, entende de uma maneira particular a intenção do escritor ao organizar estes símbolos gráficos chamados de letras, que juntos formam as palavras, que resultam em uma frase, que podem traduzir uma infinidade de coisas.
A história engraçada, de quando sua família se reúne para a tradicional festa de final de ano,
a emoção de receber flores no aniversário,
a criação de um personagem,
um relatório para o emprego,
enfim,
as pessoas podem falar, gritar, chorar, chingar,
mas nada substitui um texto bem escrito.

O bom uso das palavras ao escrever, pode levar o leitor para o infinito. Não existem limites para quem escreve.

Experimente (neste tempo onde internet é tudo) escrever uma carta à pessoa amada. Crie um poema, um verso, ponha no papel a verdade sobre o que sente,
descreva essa pessoa usando palavras novas e belas, e veja como terá sido uma ótima experiência.

Quem começa a escrever, não quer parar....
o pensamento viaja, o cerebro trabalha, as mãos não param...
e cada vez mais as idéias vão surgindo.

Afinal, pode ser uma linha ou um livro, não importa, escrever é uma terapia. Uma forma de conservar as reflexões, guardar o pensamento, reforçar uma idéia....

E é assim que funciona... Só ler não é o bastante. Escrever... é fundamental.

domingo, 12 de abril de 2009

Devaneio de você

Cada vez que você me diz não

É uma bala que atravessa meu coração

E me mata, aos poucos, friamente, calmamente

Mas ao mesmo tempo em que me mata

É a razão para eu viver

 

Pois a tua beleza não me deixara morrer

Nem tão pouco do seu semblante ira desaparecer

E esse fogo que arde em mim não ira cessar

Enquanto um beijo seu eu não roubar e em um lençol eu te enrolar

 

Cada vez que você me diz não

É uma bala que atravessa meu coração

E me mata, aos poucos, friamente, calmamente.

 

 

Update:

colaboração memorável de Luis. Vulgo luisinho, trabalha comigo na UNICID e também tem “acessos” de inspiração!! hehe vlw

VOLTAMOS!!! ou não...

 Não!! Não é um sonho. Não é um erro no seu leitor de feeds. Muito menos um erro no seu computador! É verdade! Há uma nova vida. Retornamos...